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Cuidado: Seu celular pode estar sendo grampeado neste exato momento


Marcelo Copeliovitch, da Gold Lock: "Seguindo instruções dos hackers é possível construir uma mini-estação que capta conversas das torres próximas".

Por mais incrível que possa parecer, o seu celular pode estar sendo clonado ou grampeado neste mesmo momento em que você lê esta notícia.

Eleições aquecem mercado de segurança

Software: Companhias registram aumento de 30% nas vendas de sistemas que embaralham som em celulares

Guerra de dossiês, CPI do grampo e quebras de sigilo telefônico aumentam o cuidado com segurança durante as eleições. A preocupação com o vazamento de informações, que em outros períodos do ano segue um ritmo normal, torna-se questão delicada na estratégia dos partidos políticos e dos prestadores de serviços do governo. Empresas especializadas em software de criptografia (técnica digital de ocultar informações) para telefones celulares como a CryptoCell e a Gold Lock, ambas distribuidoras de Israel, registraram crescimento do interesse pelo produto no primeiro semestre do ano.

A CryptoCell registrou aumento de 35% nas vendas de software antigrampo em relação ao primeiro semestre do ano passado. O principal motivo é a corrida eleitoral que leva os comandos das campanhas dos candidatos a buscar proteção contra a espionagem. Além do maior volume de encomendas, a CryptoCell vem registrando aumento da participação nas vendas de regiões fora do eixo Rio-São Paulo e Brasília, principalmente no Norte e Nordeste. "Os pedidos vêm principalmente dos comandos de campanhas regionais e empresas prestadoras de serviços para prefeituras e autarquias", afirma Edison Tadeu dos Santos, diretor da CryptoCell.

O crescimento da Gold Lock tem sido constante, na faixa de 15%. "Chegamos a registrar uma alta de vendas de 30% em 2008, durante a CPI do grampo", afirma Marcelo Copeliovitch, diretor da Gold Lock no Brasil. O fato de as duas empresas - Gold Lock e Cryptocell - serem de Israel não é à toa. A experiência israelense está na origem dos sistemas mais populares de segurança do mundo devido a décadas de preocupação com o terrorismo.

O aumento do interesse pela criptografia no celular também aumentou com a fragilidade das redes de telecomunicações. No final do ano passado, hackers publicaram na internet o código-fonte de segurança da rede GSM, presente em 90% da infraestrutura da telefonia móvel no Brasil. "Seguindo instruções dos hackers é possível construir uma maleta que funciona como uma mini-estação radiobase que capta conversas das torres próximas", afirma Copeliovitch.

O código da tecnologia CDMA já havia sido quebrado e permitiu a clonagem de aparelhos. Segundo o diretor da Gold Lock, nem sequer a terceira geração (3G) de telefonia móvel está a salvo. "O conceito geral para a quebra do código-fonte da rede 3G também já foi publicado na internet. A partir de agora é só uma questão de tempo para que o código seja efetivamente quebrado", diz o executivo. Por enquanto, só a 4G, com a tecnologia Long Term Evolution (LTE), ainda mantém seu código seguro. Entretanto, a tecnologia ainda não foi lançada na maioria dos países, inclusive no Brasil.

O software CryptoCell custa em torno de R$ 1,8 mil por aparelho (uso ilimitado) e a licença mensal da Gold Lock sai por R$ 200. O produto deve ser instalado nos dois aparelhos que vão se comunicar. O programa transforma a voz em dados e embaralha a comunicação com chaves criptográficas trocadas de três em três segundos e decodificadas integralmente só na outra ponta. Enquanto o som está no ar não pode ser decifrado.

Além do governo, os grupos que mais demandam soluções de criptografia são o mercado financeiro, farmacêutico, advogados e grandes empresas de infraestrutura, como empreiteiras, porque tratam com informações estratégicas . As empresas têm se preocupado em adotar políticas de segurança entre funcionários, começando com regras de conduta simples. "Não adianta colocar software de criptografia no celular se o executivo conversa sobre informações confidenciais em lugares públicos ou dentro de um táxi usado por toda a empresa, por exemplo", diz Leandro Bissoli, especialista em direito digital do Patricia Peck Pinheiro Advogados. Outras precauções importantes para evitar o vazamento de informações são o uso de senhas em computadores portáteis e para acesso a e-mails, troca de mensagens com chaves de acesso confidenciais e o bloqueio de informações para determinados escalões na empresa.

O mercado de sistemas de segurança para dispositivos móveis representa menos de 1% do segmento de software de segurança no país, o qual movimentou perto de US$ 200 milhões no ano passado, segundo a IDC.

Jampa Web Jornal Fonte: Ana Luiza Mahlmeister de São Paulo.

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